quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Resumo da 5o aula: A inevitabilidade do Socialismo

A aula de ontem deu continuidade ao estudo do Manifesto comunista. Foram lidos trechos da obra de Marx e Engels e apresentadas suas principais idéias, o que permitiu uma compreensão geral do método materialista histórico.


“A burguesia só pode existir com a condição de revolucionar incessantemente os instrumentos de produção, por conseguinte, as relações de produção e, com isso, todas as relações sociais”.

A partir do texto foi feita uma explicação de como foi superada a sociedade feudal, suas relações de produção e suas relações sociais a partir do surgimento da indústria capitalista e de todo o processo que se seguiu após o seu surgimento.

“As forças produtivas de quê dispõe não mais favorecem o desenvolvimento das relações de propriedade burguesa; pelo contrário, tornaram-se por demais poderosas para essas condições, que passam a entravá-las; e todas as vezes que as forças produtivas sociais se libertam desses entraves, precipitam na desordem a sociedade inteira e ameaçam a existência da propriedade burguesa.”

Esse é um dos trechos lidos que mostram como o marxismo desenvolveu a sua análise sobre a crise histórica do capitalismo. Muitas pessoas se confundiram ao interpretar que Marx elaborava uma tese conjuntural e não uma tese baseada no desenvolvimento histórico objetivo do capitalismo.

“A condição essencial da existência e da supremacia da classe burguesa é a acumulação da riqueza nas mãos dos particulares, a formação e o crescimento do capital; a condição de existência do capital é o trabalho assalariado. Este baseia-se exclusivamente na concorrência dos operários entre si. O progresso da indústria, de que a burguesia é agente passivo e inconsciente, substitui o isolamento dos operários, resultante de sua competição, por sua união revolucionária mediante a associação. Assim, o desenvolvimento da grande indústria socava o terreno em que a burguesia assentou o seu regime de produção e de apropriação dos produtos. A burguesia produz, sobretudo, seus próprios coveiros. Sua queda e a vitória do proletariado são igualmente inevitáveis.”

Esse trecho expõe uma das teses mais combatidas do marxismo tanto pela direita como pela esquerda, justamente porque expõe clareza a inevitabilidade da queda do capitalismo. A incompreensão dessa análise científica e objetiva de Marx é um dos motivos que levam a esquerda pequeno-burguesa a um ceticismo diante da perspectiva revolucionária e do papel histórico da classe operária.

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